Em uma época em que o erudito e o popular se conflituam, separando e distanciando cada vez mais o povo da elite surge Ariano Suassuna; o pernambucano divertidíssimo de voz rouca que buscou fundir peças musicais regionais no universal e também o popular no erudito; sustentando e não descaracterizando as raízes culturais pernambucanas, em um movimento que poderia ser visto como uma matriz antecessora ao hoje também revolucionário Mangue Beat. A própria Isaar França, uma das representantes do movimento Mangue, em conversa com Ariano certa vez disse: Para falar a verdade a gente só foi comparado à Música Armorial depois que Ariano viu a gente, que adorou, né? E virou um fã. Aí ele descobriu elementos armoriais na música da gente que a gente ainda não tinha percebido [...] a gente já conhecia e ouvia e gostava, mas consciente a gente não tinha feito nada Armorial. Talvez assim, as vozes da gente juntas dá um timbre que parece, sei lá, alguma coisa Armorial.” (Isaar de França)
Entre as várias vertentes da arte Armorial uma das de maior destaque é a Música Armorial, que tem como base a arte musical pernambucana contida nos estudos do compositor Guerra Peixe (década de 50), lapidada por influências regionais do interior pernambucano como xangôs, maracatus, rezas para defunto entre outras influências da diversidade cultural pernambucana inspiradas por rabecas, violas sertanejas, banda de pífanos, cantorias e elementos percursivos africanos. Seu inicio deu-se no dia 21 de agosto de 1970 representada a princípio pela Orquestra Armorial liderado por Suassuna (com seus instrumentos populares e músicos sem formação acadêmica) e o maestro Cussy Almeida (que defendia a necessidade de instrumentos eruditos). Porém após discordâncias pessoais ambos se separaram; seguindo caminhos opostos, embora cinérgicos. Cussy continuou com a Orquestra Armorial, enquanto Ariano com mais cinco jovens formaram o Quinteto Armorial. O Quinteto Armorial baseou suas composições sonoras em elementos reginais como o canto dos cegos, nos benditos e incelenças da religiosidade popular revolucionando o cenario musical mas também resgatando vários elementos do cotidiano pernambucano.
Com o tempo Quinteto Armorial se transformou em Orquestra Romançal Brasileira, e por fim, Trio Romançal; onde hoje temos a Camerata Armorial regida por Rafael Garcia e o Grupo Orange regido por Cussy de Almeida. Ariano Suassuna sempre divergiu quanto a não existência de instrumentos populares na Orquesta Armorial e foi partindo deste impulso que criou um novo jeito de se fazer música, rompendo preceitos e por consequência insentivando que muitos grupos musicais atuais de Pernambuco busquem através da cultura popular e regional inspirações para revolucionar o cenário musical e porque não dizer suas próprias vidas. Ariano Suassuna homenageado de novembro do Ecos é Papo de Teleco Teco. Abaixo você encontra alguns importantes trabalhos do Quinteto Armorial que também é Papo de Teleco Teco. por Fábio
Atenção: Este link encontra-se na Internet através de blogs e não é de responsabilidade do Ecos do Teleco Teco devendo ser deletado de seu micro no período máximo de 24 horas.Recomendamos que adquiram o cd na intenet através de sites como http://www.buscape.com.br/ ou similares preservando os direitos do ator)
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A música pulsa como um Eco, estes sons meus amigos são os nossos teleco tecos que vibrantes pulsam igual nossos corações, valeu o comentário!!