Ele é considerado um dos principais incentivadores e renovadores do samba na capital paulista. Com muita determinação e paciência, sempre estimulou as manifestações da cultura negra de São Paulo, ajudando a diminuir a repressão e o preconceito. Participou de vários movimentos para fazer crescer o carnaval paulistano, organizando cordões e blocos, que mais tarde se transformaram em escolas de samba. Foi o primeiro presidente da união das escolas de samba do Estado e um dos diretores da Vai-Vai, sendo depois conselheiro. Compôs cerca de 70 músicas, algumas gravadas por cantoras famosas como Beth Carvalho e Clementina de Jesus. Era adorado e respeitado por toda a comunidade do samba, mas bastava sair desse meio para tornar-se um ilustre desconhecido. Morreu em janeiro de 1995 aos 67 anos. Ele é Geraldo Filme, paulistano que costumava dizer que “crioulo cantando samba era coisa feia”. Um dos momentos marcantes deste filme envolve a morte e o enterro de “Geraldão”. O depoimento do amigo e companheiro Oswaldinho da Cuíca emociona pela sinceridade: “Escolas, eu peço o silêncio de um minuto. O Bixiga está de luto. A voz de Geraldo Filme emudeceu, pariu. Vai ter placa de bronze e ficou na história”, disse ele durante o velório. Geraldo Filme deixou como testamento o samba Reencarnação. Nele reafirma seu desejo de ser negro e sambista novamente, caso fosse possível ter outra vida.
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A música pulsa como um Eco, estes sons meus amigos são os nossos teleco tecos que vibrantes pulsam igual nossos corações, valeu o comentário!!