sexta-feira, 15 de julho de 2011

Era uma vez! ou Era uma era? A raiz da Portela merece respeito..


Certo dia um grupo de amigos do interior fascinados pelo samba resolvem se encontrar para conhecer um verdadeiro terreiro de bambas. O destino então foi o Rio de Janeiro, especificamente a Portela com a qual já tinham certa afinidade. Nem a viagem de praticamente 9 horas os faziam desanimar diante do desejo de conhecer uma das grandes vertentes do samba raiz. Ao desembarcarem , a cidade maravilhosa continuava maravilhosa e no percurso como bons boêmios fizeram amigos pelos vários butecos que passaram. Porém ao chegar no manto da Águia altaneira algo estava diferente. Não havia Velha Guarda para cantar e nem saudosos para ouvir histórias. Um clima diferente no ar, nada contra os novos ritmos, mas o alicerce da escola não se encontrava, e ao retonarem ao seu local de origem uma sensação de algo comum os invadiu com uma pergunta incessante: O que fizeram com o encanto da Azul e Branco? Mesmo o fato do afastamento da Velha Guarda da Portela sendo recente, esta história se deu a dois anos com alguns amigos. E o que parecia algo incomum, a duas semanas atrás repercutiu em vários jornais. A Velha Guarda da Portela não participaria mais da famosa feijoada da qual seus sambas e ilustres baluartes ajudaram tanto a engrandecer. Sob a alegação de que não havia mais espaço no evento em função dos novos pagodes, seus mestres cedieram lugar a nova geração. E nós amantes do gênero, não podemos deixar de perguntar : Era uma era? Pena que esta história não é apenas uma ficção. Atenção nosso samba merece respeito.

"Somos portelenses e continuaremos amando a escola, mas o que aconteceu é que, nos últimos anos, a gente foi perdendo espaço, perdendo a autonomia. Não considerávamos mais um evento nosso. Quando o Pagode da Família Portelense foi criado, a ideia era que o repertório fosse de sambas de terreiro e de sambas de raiz. A Velha Guarda tocava do início da tarde até a noite. Ultimamente a gente só se apresentava por duas horas. O negócio acabou tomando outro rumo. De uns tempos pra cá, colocaram grupos de pagode, com um repertório que foge completamente da proposta inicial. Perdeu todo o sentido pra gente. Nós já havíamos nos reunido com a diretoria duas vezes para tentar mudar isso, mas nenhuma mudança aconteceu, Digamos que o que houve foi uma divergência de opiniões. Mas não houve briga com a escola. A gente simplesmente decidiu se afastar" por Serginho Procópio líder da Velha Guarda Portelense. (fonte site Tudo de samba)
← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário

A música pulsa como um Eco, estes sons meus amigos são os nossos teleco tecos que vibrantes pulsam igual nossos corações, valeu o comentário!!