

Em 1982 Clementina de Jesus, Geraldo Filme e Tia Doca, interpretaram cantigas ancestrais dos negros benguelas, de São João da Chapada, em Diamantina, Minas Gerais. A tal trabalho deu-se o nome de O Canto dos Escravos, um dos títulos mais corajosos e importantes de toda a discografia brasileira. Neste trabalho os cantores interpretam cantigas em língua africana, ouvidas outrora nos serviços de mineração na Chapada da Diamantina, conforme descrito no livro O Negro e o Garimpo em Minas Gerais, obra publicada em 1943 pela editora José Olympio. Outra característica do disco é a ausência de instrumentos harmônicos. Acompanham os três cantores, a percussão de troncos, xequerês, enxadas, cabaças, atabaques, agogôs, ganzás, caxixis e afoxés tocados por Djalma Corrêa, Papete e Don Bira. Quanto a seus intérpretes, todos dispensam comentários Geraldo Filme, grande compositor, cantor de vozeirão profundo, foi, na definição de Osvaldinho da Cuíca, o grande articulador, a "cabeça pensante" do samba paulistano. Tia Doca, nascida Jilçaria Cruz Costa, manteve por décadas um pagode dominical que ajudou a manter vivo o samba de raiz carioca; sua participação no disco foi sugerida por Clementina de Jesus, que foi revelada ao mundo aos 64 anos, depois de ouvida, num botequim da Lapa, centro do Rio, por Hermínio Bello de Carvalho. Este trabalho é de vital importância na concepção e interpretação das raízes que originaram o samba e as vertentes das expressões culturais do povo afrodescendente deste período.
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A música pulsa como um Eco, estes sons meus amigos são os nossos teleco tecos que vibrantes pulsam igual nossos corações, valeu o comentário!!