A música "Homenagem ao Malandro" sintetiza o processo desta figura tão popular, em nosso país nos anos 20, 30 e 40, intitulada malandro. Como musicou Chico Buarque:
“Eu fui fazer um samba em homenagem / à nata da malandragem / que conheço de outros carnavais / eu fui à Lapa e perdi a viagem / que aquela tal malandragem não existe mais...” e prossegue o malandro profissional”, “oficial”, “candidato a malandro federal”, arrematando ainda: “Mas o malandro pra valer / — não espalha — / aposentou a navalha / (...) / até trabalha / mora lá longe e chacoalha / num trem da Central...”
E como dizem malandro não caí e nem escorrega, e isto pôde ser bem visto nos anos 40 quando durante a ditadura estado-novista a malandragem teve que se virar. Estabeleceu-se no país um verdadeiro sentimento contra a malandragem, que estava intimamente ligada a cultura do samba. Bambas como Wilson Batista e Ataulfo Alves, entre tantos outros, percebendo tal processo, começaram a enaltecer em seus sambas o sentimento ligado ao trabalho, fazendo surgir no cenário cultural composições como "O Bonde São Januário", que como alguns pesquisadores defendem, teve versos mudados devido a um "pedido" do próprio presidente Getúlio; transformando-a de crítica ao bonde à um tributo ao trabalhor, em detrimento da malandragem. A história teve vários malandros famosos Noel Rosa, Wilson Batista, Ataulfo entre outros mas com certeza um dos mais famosos da nova safra foi Alcides Dias Lopes, intitulado o malandro histórico da Portela. Sambista lendário além de se virar aqui e alí ao melhor estilo malandriado, foi carismático e também muito respeitado no universo sambístico em função de sua memória e desenvoltura nos desfiles de carnaval e rodas de partido-alto.
E como dizem malandro não caí e nem escorrega, e isto pôde ser bem visto nos anos 40 quando durante a ditadura estado-novista a malandragem teve que se virar. Estabeleceu-se no país um verdadeiro sentimento contra a malandragem, que estava intimamente ligada a cultura do samba. Bambas como Wilson Batista e Ataulfo Alves, entre tantos outros, percebendo tal processo, começaram a enaltecer em seus sambas o sentimento ligado ao trabalho, fazendo surgir no cenário cultural composições como "O Bonde São Januário", que como alguns pesquisadores defendem, teve versos mudados devido a um "pedido" do próprio presidente Getúlio; transformando-a de crítica ao bonde à um tributo ao trabalhor, em detrimento da malandragem. A história teve vários malandros famosos Noel Rosa, Wilson Batista, Ataulfo entre outros mas com certeza um dos mais famosos da nova safra foi Alcides Dias Lopes, intitulado o malandro histórico da Portela. Sambista lendário além de se virar aqui e alí ao melhor estilo malandriado, foi carismático e também muito respeitado no universo sambístico em função de sua memória e desenvoltura nos desfiles de carnaval e rodas de partido-alto.
Alcides fez parte de uma das últimas safras de malandros cariocas, não do tipo que usava navalha e lenço de seda no pescoço mas sim, como citado na letra da música "Homenagem ao malandro" de Chico; espelhou um exemplo do processo que se deu sobre os malandros modernos; o qual aposenta a navalha, trabalha, e até dá intervalos a vida boemia, sem no entanto abandonar o samba. Mesmo sem ter nenhum disco solo gravado sua obra foi cantada por sambistas ilustres como Monarco e Zeca Pagodinho, onde um de seus maiores sucessos foi a música "Vivo Isolado do Mundo" dedicada ao seu grande amor Guiomar, cantada acima pelo próprio mestre Monarco. por Fábio
0 comentários:
Postar um comentário
A música pulsa como um Eco, estes sons meus amigos são os nossos teleco tecos que vibrantes pulsam igual nossos corações, valeu o comentário!!