quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Banda da Sapucaia 2017: Pois é! Bem vindo a Salvador!

Boas lembranças me trazem a Banda Sapucaia. Lembro que era um dos raros momentos em que 
podia reencontrar meu falecido pai para trocarmos algumas figurinhas, aquecer as turbinas para a semana de carnaval que viria depois, e claro encontrar tanto meus amigos quanto  figuras folclóricas de Piracicaba como Saponga e  John Lenon. Também é bom lembrar  que participei de um dos primeiros grandes blocos deste evento, o bloco Quilombola,  por alguns anos. Meu amigo aquilo era gostoso demais. Porém a festa foi crescendo e infelizmente, sua organização não deu conta de tal crescimento;  muitos problemas surgiram e a violência agrediu a alma foliã deste encontro. Confesso até que quando resolvi escrever este post, a princípio pensei em uma crítica ferrenha a nova idéia de uma Sapucaia paga, seguindo  moldes do carnaval baiano que além de  preços nem um pouco populares, pelo menos na minha realidade atual, reforçam o velho chavão sempre utilizado nestes tipos de escolha: "Infelizmente tivemos de usar de tais cobranças para selecionar as pessoas". Mas ao contrário do que muitos possam imaginar, a razão que primeiramente me levou a escrever este post acabou se tornando uma dúvida: Quem são os maiores responsáveis pela despopularização da festa? A organização que capitalizou elitizando a festa a fim de mantê-la "viva" ou nós, "antigos" foliões que não sabendo valorizar e preservar a grandeza deste encontro popular,   mais uma vez envoltos pela preguiça,  de exigir a colaboração e apoio de órgãos competentes, vemos mais um evento popular,  familiar e público, começar a fugir de nossos dedos?  Sejam bem vindos a Sapucaia  das cordas, sejam bem vindos   a Salvador.

*Montagem foto Saponga e Bloco Olodum

Postagens Relacionadas:

  • 16 anos sem Geraldo Filme, o GeraldãoHoje fazem 16 anos que Geraldo Filme partiu. Ao se falar das crônicas de São Paulo muito se fala de Adoniran Barbosa, mas Geraldão também foi um dos grandes cronistas da Paulicéia Desvairada enaltecendo não só os cotidianos d… Read More
  • Salvador também tem seu Clube do SambaO Clube do Samba da Bahia realiza a 1 ano e seis meses, rodas de Samba diárias. Ao longo do tempo de existência o evento tem uma freqüência média de 2 mil participantes por mês. A iniciativa busca oferecer espaço para ampliar… Read More
  • Papo de Teleco Teco: A 37 anos partia João da BahianaHoje fazem 37 anos que João da Bahiana partiu. Mais do que ser o pai do pandeiro no samba brasileiro, este sambista foi um dos percursores da própria sintetização da influência africana no cotidiano musical brasileiro. Em uma… Read More
  • 14 anos sem o sambista baiano BatatinhaHoje fazem 14 anos que o sambista Batatinha levou suas melodias e sambas para mais pertinho de Deus. Um dos melhores sambistas da Bahia, do tempo que o samba era mais samba. … Read More
  • 2 anos sem Dona Edith do Prato, mais que pratos são os fatosHoje fazem dois dias que Dona Edith do Prato partiu. Dona Edith a exemplo de Dona Cano guardam todo o respeito que mantém as tradições vivas. Tocando seu prato Dona Edith foi a porta voz da cultura do Reconcavo para todo o pa… Read More
← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário

A música pulsa como um Eco, estes sons meus amigos são os nossos teleco tecos que vibrantes pulsam igual nossos corações, valeu o comentário!!