O costume de se brincar o carnaval no Brasil foi introduzido pelos portugueses, onde estudos datam seu princípio provavelmente no século XVI. Tal manifestação popular recebeu o nome de Entrudo. Quando práticado no Brasil este folguedo alegre tinha também caráter violento. Este patriarca dos carnavais atuais, a exemplo da sociedade a qual estava inserido, se dividia de acordo com as classes sociais. Havia o "Entrudo Familiar" que acontecia dentro das casas e dos principais centros urbanos, possuindo características mais delicadas no que se refere a convívio entre os praticantes. Neste Entrudo familiar ocorriam guerras de limões de cheiro, onde os nobres jovens jogavam limões entre si, com o intuíto de estabelecer laços afetivos e sociais através deste ritual. Já o Entrudo Popular, como o próprio nome diz, tinha caráter popular, porém violento e grosseiro, e se dava nas ruas da cidade. Os principais praticantes deste evento eram escravos e a população das ruas, e ao contrário da nobreza, atiravam tudo o que tinham a mão como forma de diversão, o que por consequência gerava muitos conflitos, sendo presente intervenções das autoridades. No dicionário português entrudo ou "intrudo" deriva-se do latim introitu – "entrada ou princípio". O dicionário descrevia o festival como algo em que, como bacantes, as pessoas brincam, festejam, dançam e fazem travessuras dentro das casas, enquanto realizam toda espécie de brincadeiras, molhando e empoeirando umas às outras. A partir do ano de 1830, uma série de proibições se sucedem na tentativa, sempre infrutífera, de acabar com a festa em função da grosseira. Combatido como jogo selvagem, o entrudo prevaleceu até aparecerem elementos de brincar menos agressivos, como o confete, a serpentina e o lança-perfume. Daí em diante, através dos tempos, o carnaval foi inovando. Em 1840 realizou-se o primeiro baile. Em 1846 surgiu o Zé Pereira, grupo dos foliões de rua com bombos e tambores. Vieram depois os cordões, as sociedades carnavalescas, blocos, ranchos até chegarmos no que hoje definine-se como carnaval moderno, onde apesar da "evolução" a separação entre as classes sociais dos praticantes ainda continua muito presente. por Fábio
Fontes: História do Samba - Editora Globo; EWBANK, Thomas. A vida no Brasil; ou Diário de uma visita à terra do cacaueiro e das palmeiras. Belo Horizonte / São Paulo, Editora Itatiaia / Editora da Universidade de São Paulo, 1976. Reconquista do Brasil, 26 / Site wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Entrudo
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A música pulsa como um Eco, estes sons meus amigos são os nossos teleco tecos que vibrantes pulsam igual nossos corações, valeu o comentário!!