Conforme prometido no início da semana falemos de Xica da Silva. Jorge Ben fez muito sucesso com a musica "Xica da Silva" cuja letra contava a história da ex escrava que conquistou o coração do contratador de diamantes João Fernandes de Oliveira, em Minas. Ao receber o título de imperatriz do Tijuco, Xica foi amada, reverenciada e também odiada por muitos; porém revolucionou os padrões sociais impostos em meados do Século XVIII ao frequentar a elite branca e ter seu romance com o contratador totalmente aberto.
Segundo alguns estudos Xica frequentou irmandades de brancos, mulatos e negros onde os fatos que rodearam sua vida, além de gerar mitos também garantiram que sua história de vida inspirasse vários meios. Xica virou livro, filme, novela, música e até enredo de um dos mais revolucionários desfiles carnavalesco da história. Em 1963 a Salgueiro entrou para história com o enredo "Xica da Silva". A revolução deste desfile não se deu só pelo fato de seus carnavalescos retratarem fatos históricos pouco narrados nas escolas e livros regulares da época, mas também pela ousadia. Nele doze figurantes fantasiados de nobres encantaram os presentes e dançando polca em forma de samba simbolizaram a nobreza a qual a ex escrava passou a pertencer. Outro fato significativo foi que usando de muito luxo a Salgueiro implementou uma nova forma de se fazer carnaval alinhando tema e fantasia e por consequência entrando para a história. Como resultado antes mesmo do fim do desfile já se ouvia diante do grande público os gritos de "é campeã". Era a história de vida de Xica da Silva atingindo e gerando um novo Eco de Teleco Teco no carnaval brasileiro alicerçando mais um samba histórico. por Fábio
Segundo alguns estudos Xica frequentou irmandades de brancos, mulatos e negros onde os fatos que rodearam sua vida, além de gerar mitos também garantiram que sua história de vida inspirasse vários meios. Xica virou livro, filme, novela, música e até enredo de um dos mais revolucionários desfiles carnavalesco da história. Em 1963 a Salgueiro entrou para história com o enredo "Xica da Silva". A revolução deste desfile não se deu só pelo fato de seus carnavalescos retratarem fatos históricos pouco narrados nas escolas e livros regulares da época, mas também pela ousadia. Nele doze figurantes fantasiados de nobres encantaram os presentes e dançando polca em forma de samba simbolizaram a nobreza a qual a ex escrava passou a pertencer. Outro fato significativo foi que usando de muito luxo a Salgueiro implementou uma nova forma de se fazer carnaval alinhando tema e fantasia e por consequência entrando para a história. Como resultado antes mesmo do fim do desfile já se ouvia diante do grande público os gritos de "é campeã". Era a história de vida de Xica da Silva atingindo e gerando um novo Eco de Teleco Teco no carnaval brasileiro alicerçando mais um samba histórico. por Fábio
SALGUEIRO 1963 - "Xica da Silva"
Composição: Noel Rosa de Oliveira e Anescarzinho
Apesar
De não possuir grande beleza
Xica da Silva
Surgiu no seio
Da mais alta nobreza.
O contratador
João Fernandes de Oliveira
A comprou
Para ser a sua companheira.
E a mulata que era escrava
Sentiu forte transformação,
Trocando o gemido da senzala
Pela fidalguia do salão.
Com a influência e o poder do seu amor,
Que superou
A barreira da cor,
Francisca da Silva
Do cativeiro zombou ôôôôô
ôôô, ôô, ôô.
No Arraial do Tijuco,
Lá no Estado de Minas,
Hoje lendária cidade,
Seu lindo nome é Diamantina,
Onde nasceu a Xica que manda,
Deslumbrando a sociedade,
Com o orgulho e o capricho da mulata,
Importante, majestosa e invejada.
Para que a vida lhe tornasse mais bela,
João Fernandes de Oliveira
Mandou construir
Um vasto lago e uma belíssima galera
E uma riquíssima liteira
Para conduzi-la
Quando ela ia assistir à missa na capela
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A música pulsa como um Eco, estes sons meus amigos são os nossos teleco tecos que vibrantes pulsam igual nossos corações, valeu o comentário!!