quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Diário de bordo parte 5: Debutando em terras cariocas - A Velha Guarda da Portela in vitro





O objetivo era a deliciosa feijoada da tia Surica e claro ver de perto a Velha Guarda da Portela. Emoção a flor da pele, fizemos uma parada estratégica no Amarelinho, um dos grandes botecos cariocas que inspirou até uma canção de Paulo Cesar Pinheiro. Entre copos e papos, na esquina próximo ao Rival avistamos o mestre Monarco chegando, o samba ía esquentar. De cara tia Surica empunhando seu canto no palco fazia o povo sambar. Única representante das pastoras naquele dia seu gogó de ouro não deixou falhar e seu carinho para com todos era coisa bonita de se ver. Mestre Monarco pisa ao palco e comanda clássicos, pede rigor no surdo e a Velha Guarda corresponde, vou te dizer era uma emoção que só quem é viciado em samba sabe descrever. A feijoada da Surica, remanesce as tradições da quadra de Oswaldo Cruz, ainda mais hoje em dia que a "modernidade" fez com que outros ritmos invadissem seu terreiro, e a tradição de seus baluartes ficasse longe do patrimônio de Paulo da Portela, pois é a Velha Guarda teve de procurar outra lugar para sobreviver. Porém não se pode calar o cântico de quem viveu verdadeiras tradições do samba, ele se encontra in vitro, pronto para ser inseminado no útero de outros sambistas, de olho nas tradições continuamos nossa peregrinação afinal ainda tinha o Renascença para fechar nosso legado de boas experiências cariocas.

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A música pulsa como um Eco, estes sons meus amigos são os nossos teleco tecos que vibrantes pulsam igual nossos corações, valeu o comentário!!